segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Casa Brasil em Caraúbas/PI


A Coopeart tem origem no trabalho iniciado há muito tempo na zona rural do Município de Caraúbas do Piauí- Norte do estado do Piauí, pelo grupo de artesanato das mulheres do município. Nesta cidadezinha, formado principalmente por agricultores familiares, mães de família, donas de casa que se dedicam ao cultivo da agricultura e de cuidar de suas casas, a maior parte a maior parte tem ocupação num período de sete ou oito meses do ano, ficando sem nenhuma fonte de renda durante quatro ou cinco meses. Na busca de uma atividade que preenchesse o tempo ocioso e que proporcionasse a permanência da mulher do campo no meio rural, encontrou-se o artesanato.Para oferecer novas opções aos consumidores, a Coopeart tem procurado diversificar os produtos artesanais, Para oferecer novas opções aos consumidores, a Coopearte tem procurado diversificar os produtos artesanais, e também, procurando utilizar outras técnicas, como a de bordados da região, material bastante diferenciado na região. Coopearte tem conseguido esses resultados graças ao grande empenho, união e solidariedade das artesãs, aliados ao contínuo e intenso apoio dos parceiros como a fenae e o Projeto Casa Brasil de onde surgiu o desenvolvimento de atividades multimidias em Caraúbas do Piauí a idéia partiu de Denise Viana, Analista de Responsabilidade Social da FENAE que entrou em contato com Edivan França Técnico Multimidia do Casa Brasil Catavento de Parnaíba/PI que se disponibilizou de forma voluntária a desenvolver nos dia 11,12 e 13 de agosto, uma coleta de imagens (Fotos e Videos) nos projetos desenvolvidos em Caraúbas para arguivos do movimento solidário.
A idéia foi tão boa que surgiu logo uma oficina de conteúdos multimidia.
"Ao chegar em Caraúbas vi que os projetos ali desenvolvidos tem dado as familias atendidas uma nova vida e por isso resolvi mesmo que de maneira rápida oferecer para algumas pessoas um pouco de conhecimento do uso da internet através de oficina de confecção de blog e pesquisa avançada na rede, participaram, um jovem do Telecentro e duas mulheres da Cooperart- Cooperativa mãos que fazem, o que logo gerou esse Blog . Creio que iniciativas como esta traz as comunidades mais distantes dos grandes centros a oportunidade de divulgar seus trabalhos, e o melhor de tudo, é que são as próprias pessoas que estão alimentando de noticias suas paginas na Internet e criando novos meios de informação e comunicação, pretendo voltar lá, e se assim tiver a oportunidade levarei alem dessas oficinas, o cinema de rua de nossa unidade", disse Edivan França.


quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Nossas Noticias

Costureiras digitais

Escrito por outrastrilhas em Agosto 19, 2008

Elas costuram, comandam uma cooperativa e, agora…blogam! Um grupo de costureiras de Caraúbas do Piauí acaba de lançar um blog para divulgar seu trabalho no mundo online.

A idéia surgiu depois que elas participaram de uma oficina de inclusão digital promovida pelo Movimento Solidário, iniciativa criada pelo Comitê de Responsabilidade Social da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae). A oficina foi essencial para que as costureiras, que nunca haviam visto antes um computador, pudessem utilizar as tecnologias a seu favor.

Sandra Flosi, presidente do comitê de Responsabilidade Social da Fenae, conta como as piauenses se transformaram em trilheiras digitais:

Qual é a proposta do blog?

Você poderia fazer essa pergunta para elas…Mas, genericamente, podemos dizer que é mostrar as conquistas de uma população que até poucos meses estava isolada em termos de comunicação e, mais especificamente, o trabalho e a evolução destas 22 costureiras. Quando chegamos na cidade, elas já realizavam este tipo de trabalho, mas isoladamente. Com o tempo, conseguimos mostrar que, unidas, elas teriam mais força e melhores condições de transformar aquilo que era uma pequena ajuda na geração de renda da família em um verdadeiro negócio.

Qual foi a importância do Movimento Solidário para a organização da cooperativa e inclusão digitais dessas profissionais?

Uma das ações do Movimento Solidário é justamente promover a mobilização social. Estamos lá despertando esse interesse. Então, começaram a surgir associações e cooperativas na cidade, com verdadeira representação social, como a Mãos que Fazem.

Que tipo de conhecimento foi oferecido nas oficinas?

Conhecimento básico de informática, como digitação e navegação na internet, tudo utilizando software livre. Também foram realizadas oficinas com foco na cidadania, com conteúdo voltado para economia solidária, associativismo e cooperativismo.

As questões de gênero foram levadas em consideração no desenho das oficinas?

Muito. Não fazemos oficinas específicas, todas são abertas a todos, independente de gênero, idade e escolaridade. Mas, com certeza, temos um trabalho muito forte no incentivo às mulheres para que sejam parte atuante não como coadjuvantes da mudança que Caraúbas do Piauí está vivendo, mas como protagonistas. E as mulheres do Mãos que Fazem levaram isso bem a sério. Além de terem sido um dos primeiros grupos a se associarem, estão a frente do conselho gestor do telecentro.

Por que realizar capacitações na área de tecnologia em Caraúbas do Piauí?

Caraúbas do Piauí é uma cidade com muita dificuldade de acesso a informações, por sua disposição geográfica. É uma cidade que ocupa um grande espaço territorial e muitas vezes os moradores de um bairro não ficam sabendo o que acontece em outro. Até mesmo uma rádio tem dificuldade de atingir a todos. Nosso objetivo é instalar telecentros em lugares estratégicos, para que as pessoas possam ter acesso a informações que hoje não tem. A cidade é carente de tudo, mas, principalmente de informação. E sabemos que com informação, o desenvolvimento fica facilitado.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Aposentada da Caixa doa revistas para cooperativa de artesãs


A aposentada da Caixa Maria Lucy de Oliveira Gomes fez uma doação de revistas de crochê e ponto cruz para a cooperativa “Mãos que fazem”, criada em Caraúbas do Piauí com a colaboração do Movimento Solidário da Fenae. Dona Lucy é a mais nova parceira do projeto, que continua tendo o apoio dos
empregados da Caixa em diversas oportunidades.
Dona Lucy nasceu em União, município do interior do Piauí. Ingressou na Caixa em 1950 e se aposentou em 1980, quando já estava em Brasília, trabalhando na biblioteca da matriz. Ela ficou sabendo sobre a cooperativa das artesãs caraubenses por meio de uma matéria publicada na Revista Fenae Agora. Saiba um pouco mais sobre essa iniciativa da Dona Lucy na entrevista a seguir.
A senhora já esteve em Caraúbas do Piauí?
Dona Lucy: Já conhecia Caraúbas do Piauí. Primeiro porque sou piauiense e depois pelas reportagens na TV, mas nunca estive lá, fisicamente. Fiquei sabendo que esse lugar era um dos mais carentes do estado. Quando recebi a revista da Fenae em casa e vi a notícia sobre a Maria dos Remédios [uma das artesãs da cooperativa “Mãos que fazem”], dizendo que elas tinham vendido produtos numa feira em Teresina (PI), fiquei com vontade de ajudar essas mulheres de alguma forma. Aí eu telefonei pra Teresina e fui conversando com várias pessoas até conseguir entrar em contato com a Maria dos Remédios.
E a idéia da doação das revistas?
Dona Lucy: Quando liguei para Maria dos Remédios pela primeira vez eu perguntei com o que elas estavam trabalhando e do que elas estavam precisando. Aí elas me falaram que estavam fazendo ponto cruz e vagonite. Como eu fazia muito ponto cruz e sempre gostei de ter revistas sobre esse assunto em casa, daí eu resolvi enviar revistas sobre esses trabalhos manuais para as artesãs. Perguntei se elas gostariam de receber umas revistas e elas me perguntaram quanto ia custar. Quando eu disse que não teria custo, elas imediatamente aceitaram. Enviei quase 60 revistas. Houve uma greve nos Correios, mas eu liguei pra elas pra confirmar o recebimento e elas já me falaram que adoraram o material.
Como a senhora avalia o trabalho da Fenae na área de Responsabilidade Social?
Dona Lucy: Eu vejo assim: o “bolsa família” pode dar alguma coisa para as famílias, mas a pessoa pode gastar esse dinheiro de uma vez e não ter mais como se sustentar. Se as mulheres aprenderem essa atividade, nunca mais vão perder isso. Elas podem passar o conhecimento pros filhos, se os filhos não quiserem aprender, elas podem trabalhar até ficarem velhinhas e isso é muito bom. Essa iniciativa da Fenae é muito importante. Depois, elas vão precisar de alguém que ensine a vender a produção e a não gastar tudo de uma vez, deixando sempre uma parte para compra de material.
Fonte : 15.08.08 - Agência Fenae-
http://web.fenae.org.br/main.jsp?lumPageId=FF80808117FAC21B011837D2C2E47F93&lumI=fenaeapcefs.service.noticia.details&itemId=FF8080811ADFD775011BC6D744F77B1A